Tuesday, May 08, 2007

Menos discussão, mais trabalho!

Em declarações à imprensa o Ministro das Finanças Português, Teixeira dos Santos, criticou as previsões da Comissão Europeia (CE).

Segundo o mesmo a CE tem um modelo de previsão que dá erros sistemáticos e muito significativos.

Antes de mais é preciso clarificar que este modelo, como qualquer modelo de previsão não é exacto… ou seja de certeza que não irá acertar 100%, até porque a finalidade é dar uma ideia de como se irá desenrolar a situação financeira do País, possuir mais um instrumento de decisão.
Se os números do Governo e da CE são incompatíveis podem acontecer várias coisas:

  • Os cálculos da CE estão incorrectos;
  • Os cálculos do Governo estão incorrectos;
  • A fraca credibilidade Portuguesa leva a CE a fazer estimativas mais conservadoras;
  • Diferentes expectativas / pressupostos;
  • O Governo estar na posse de mais informação do que a CE.

Por acreditar na competência técnica de cada uma das entidades sou inclinado a dizer que a divergência constante entre os valores não se encontra em cálculos mal feitos, mas antes nas bases que estão por detrás dessas previsões.

Embora não possa afirmar com precisão, penso que somos o país da zona euro que mais se “engana” nas previsões do défice português (o número que estimamos e entregamos à CE é por norma inferior ao registado no final do ano).

Fico convencido que a aliança entre este zelo da CE, as diferentes expectativas entre a CE e o Governo relativamente à evolução da situação Portuguesa e o Governo Português ter mais informação do que a CE estão na base desta zanga de Teixeira dos Santos.

Talvez houvesse uma outra solução para acabar com este problema: colaborar mais com a CE (fornecendo mais informação) … afinal quase de certeza que o défice público português em 2007 não deverá ficar ser de 3,5% ou 3,3% do PIB como a CE e o Governo Português estimam, respectivamente.

E talvez fosse melhor em vez de discutir 0,2%, fazer um esforço para igualar as receitas e as despesas públicas… ah… e possivelmente acabar com as dualidades de critérios para as contas públicas.

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