Opiniões...
Faz hoje uma semana que o Presidente da Venezuela, Hugo Chávez, negou a uma emissora de televisão a renovação da sua licença, ou seja acabou com uma estação televisiva privada a RCTV.
Existe uma grande contestação em torno desta questão, e quanto a mim justificadamente, principalmente por estas razões:
- É uma televisão privada que consistentemente faz oposição ao presidente venezuelano;
- Tem uma cobertura televisiva a nível nacional;
- Já existe há 53 anos (a história também pesa).
Parece que não é a primeira vez que a RCTV tem problemas com o Governo venezuelano, tendo as suas emissões sido suspensas e retomadas embora por períodos de tempos mais curtos do que uma semana.
A RCTV foi agora substituída pela TVes, uma emissora televisiva de serviço público, cujo o único serviço que parece prestar é ao próprio dirigente venezuelano. Como poderemos ler aqui nas palavras do próprio "A TVes completa amanhã (domingo) sua primeira semana de vida e já nos enche de mensagens lindas, de paz, de esperança".
Contudo existem apoiantes que justificam esta decisão "como uma posição corajosa que finalmente acaba com corajosa decisão e meteu a mão na temível caixa preta das concessões para emissoras em sinal aberto", considerando ainda ser danosa a livre actuação dos meios de comunicação.
A livre actuação dos meios de comunicação é benéfica, especialmente numa democracia... é a liberdade de ideias e o seu debate que fazem as sociedades avançarem.
Labels: Internacional
2 Comments:
Tens toda a razão quando discordas da actuação do presidente venezuelano no que diz respeito à democracia dos média. Contudo as sucessivas vitórias eleitorais (aprovadas pelos observadores internacionais) demonstram que ele deve estar a fazer alguma coisa bem pela Venezuela, goste-se ou não dos seus métodos. A sua legitimidade advém da democracia que o elege.
Que ele é eleito com legitimidade eu não duvido, agora o que duvido é que essa legitimidade que lhe deram seja para fechar espaços de opinião.
Ainda que mal comparado também o Hitler foi eleito por democracia, porém duvido que o povo alemão lhe tenha dado autoridade para fazer o holocausto.
O ponto é que a legitimidade que o povo empresta aos Governantes não é ilimitada sendo mesmo bastante discutível quando põe em risco os pilares da democracia.
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