Sobre o trabalho em Portugal
Recentemente saiu uma estatística do INE a dizer que os custos por trabalhadores, no segundo trimestre, cresceram mais do que a média comunitária.
Este crescimento verificado prende-se com dois factores:
(i) a subida dos salários;
(ii) diminuição do número de horas trabalhadas.
Á primeira vista o resultado parece mau, uma vez que as pessoas estão a ser mais bem pagas, porém a trabalhar menos... porém depois surge a questão: mas afinal o que interessa são as horas trabalhadas ou o que efectivamente se produziu?
Efectivamente no final do dia o que conta será não o tempo dispendido, mas quanto é que se produziu e a qualidade dessa produção.
Observando os números enunciados pelo economista Miguel Frasquilho num artigo ao Jornal de Negócios e pela Swivel, verificamos que embora trabalhemos, em média, um pouco mais do que os suecos, em média, produzimos muito menos que eles...
Infelizmente é triste verificar que em termos médios estamos a ganhar cada vez mais para trabalhar menos, e produzir cada vez menos.
Deixo no ar algumas perguntas:
(i) De onde está a vir o dinheiro para pagar esta insustentabilidade?
(ii) De onde virá o dinheiro se quisermos continuar com a actual situação?
(iii) Se o dinheiro não vier e a situação não se inverter, para onde iremos nós?
Labels: Economia
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