Cartas de Iwo Jima

Recentemente fui ao cinema, algo que infelizmente já não fazia há algum tempo, ver as "Cartas de Iwo Jima", um filme com a realização de Clint Eastwood.

Gostei bastante do filme, achei que estava bem conseguido (realizado e interpretado). Este conta uma história de uma perspectiva um pouco diferente daquela a que nós estamos habituados, a dos vencedores.

Além do excelente trabalho apresentado gostei bastante dever o conflito nas fileiras japonesas. Quanto a mim expressa algo que ainda é bastante actual... um conflito de perfis, alguém que desafia um pouco os preconceitos e as ideias passadas (com justificação) e os outros que pretendem manter a tradição, independentemente de perceberem o porquê.

Ao longo do vosso dia, quantas vezes não observam alguém a defender ideias passadas sem perceberem o porquê de serem assim?

Integração de imigrantes nas escolas

A euronews noticia que os Estados Membros da União Europeia devem preparar os seus sistemas de ensino para integrarem o crescente número de alunos estrangeiros. Cada país deveria ter o seu sistema de ensino preparado já preparado para esta tarega a partir de 2010.

Apesar de concordar com a ideia tenho alguma dificuldade em perceber alguns pontos:

Começa-se pelo problema da língua... qual a língua que se irá falar nas salas de aula? será necessário arranjar 1 língua comum, e atendendo a que ainda estão na fase escolar penso que o inglês não será um hipótese a considerar.

Como é que se irá fazer para os alunos terem aulas de português? cada escola contrata professores de acordo com as necessidades individuais ou várias escolas juntam os seus alunos e recebem aulas em conjunto?

Implicará este aumento de mobilidade escolar uma uniformização das matérias leccionadas? na disciplina de história, p.e., qual a matéria que os alunos terão de saber? a da Europa ou do país em que se está a dar a aula?

Confesso que tenho dificuldade em conseguir responder a estas perguntas... será que esta ideia irá mesmo para a frente? e se sim para quando é que se prevê o seu início? certamente não em 2010

Mais uma região autónoma

A região da Andaluzia, votou ontem em referendo a sua autonomia em relação a Espanha.

Facto a reter foi a elevada abstenção registada nas urnas (65%), dizem os especialistas que tal se deveu à confiança dos eleitores em relação ao resultado. Coloco as seguintes reflexões:

Por estarmos confiantes num resultado temos o direito de nos emiscuir do que temos direito?

Será que as pessoas se apercebem do valor que tem o seu voto? ou do direito de escolha que possuem?

Será que outros países europeus também vão ter níveis de absenção semelhantes aos registados em Portugal (referendo do aborto) e Espanha (referendo da autonomia da Andaluzia). Ou seja este fenómeno é apenas local ou global?

Comunicação Moderna

Hoje dei comigo a espantar-me com o que considero ser um dos maiores progressos da sociedade: a facilidade de comunicação.

A Internet e as novas comunicações permite-nos aceder a uma quantidade de informação incrível a um custo bastante baixo de qualquer parte do Mundo... Actualmente já existem livros, enciclopédias e documentários grátis online tudo isto à distância de um (ou talvez mais) click(s).

Quem ganha com isto é a sociedade, porém associado ao saber está a responsabilidade. Será a sociedade capaz de lidar com este poder que ela própria criou... o poder de se melhorar?

2 em cada 5 alunos em cursos com mais desemprego

Segundo este site 2 em cada 5 alunos estão em cursos que apresentam maiores taxas de desemprego.

Isto já de si é preocupante, mas talvez ainda mais preocupante é 31% dos licenciados em Educação estarem desempregados, principalmente atendendo aos níveis de escolaridade a que Portugal assiste...

Será um caso em que a sociedade não está a fazer as escolhas mais correctas? ou simples ineficiência e má afectação de recursos? ou ambas?

Que conclusões?

Apesar da democracia ter sido posta em acção, que conclusões tirar de um referendo cuja taxa de abstenção é tão elevada?

Portugal deveria exercer os seus direitos e não deixar que outros decidam por nós.

Mais uma vez quem ficou a perder, com este referendo, foi a democracia portuguesa e quem saiu como vencedores foram a abstenção e a apatia do povo português.