Monday, August 27, 2007

Português sagra-se campeão Mundial

Segundo o Diário Digital: "o atleta português Nélson Évora sagrou-se esta segunda-feira (hoje), em Osaca, campeão mundial no triplo salto.
[...]
Nélson Évora melhorou em 23 centímetros o seu recente recorde nacional e bateu o brasileiro Jadel Gregório, líder mundial do ano com 17,90 metros, que conquistou a medalha de prata com 17,59 metros ao quinto ensaio."
Os meus parabéns ao atleta e a todos os que contribuiram para o seu triunfo.
Como pequeno aparte pergunto-me qual o destaque que será dado a esta notícia nos jornais desportivos de amanhã...

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Sunday, August 26, 2007

Eu financio, nós financiamos...

Algo sempre presente na vida política foi conseguir fazer chegar a opinião de cada um aos demais, conseguir passar a sua mensagem e mostrar porque razão se deve eleger uma e não outra pessoa.
Estes são aspectos que exigem às pessoas interessadas despenderem tempo e dinheiro não só no aprimorar de ideias mas também na sua própria imagem.
O dinheiro, infelizmente, é algo que não nasce das árvores e como tal obtê-lo implica ou gastar do seu ou gastar dos outros.
Pode-se imaginar que não se poderia chamar democracia a um sistema político onde nem todas as pessoas tivessem oportunidade de serem eleitas, essa foi uma das razões pelas quais se começou a pagar às pessoas eleitas (para poderem continuar a comer sem prescindir dos afazeres públicos, evitando assim que apenas os mais abastados pudessem exercer funções).
Actualmente em muitos países em que a democracia vigora, verificamos que é possível a cidadãos privados ou mesmo empresas doarem dinheiro a partidos políticos, algo que até faz sentido. Se eu acredito no projecto de um partido então vou querer ajudá-lo de uma ou mais maneiras que eu tenho ao meu alcance: voto, tempo e dinheiro.
Porém algo pode vir a distorcer a questão, e se eu resolver apoiar um partido porque sou parte interessada no projecto que ele pretende empreender? Será que quem for ajudado financeiramente se irá lembrar de quem o ajudou quando for a altura de desenvolver o projecto, ou irá escolher a melhor opção para o país?
O financiamento de privados é algo bastante difícil de quantificar, estes podem vir em pequenos ou grandes donativos ou mesmo através da prática de serviços mais baratos...
É ainda difícil de justificar como é que em algumas campanhas políticas se parece gastar tanto dinheiro para cargos que muitas vezes não são tão bem remunerados.
Para minimizar os potenciais danos que este tipo de financiamento traz, poder-se-ia recorrer exclusivamente a dinheiros públicos, afinal de contas é do interesse da população que seja o próprio sistema a auto-financiar-se.
A utilização dos dinheiros públicos fará com que o cidadão comum fique mais atento à sua utilização, porque afinal é o seu dinheiro que está a ser utilizado. O uso de dinheiros públicos é portanto um forte incentivo para que a classe política seja mais disciplinada e eficiente na sua utilização (além de ser bem mais limitado).
Apesar das complicações que um sistema de financiamento público tem, e ainda são muitos, creio que este contribuirá para o aumento da transparência da classe política e minimizará a existência de financiamentos duvidosos.

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Saturday, August 25, 2007

Mãos por lavar...

Compreendo que quando o Governo muda é normal sentirem-se mudanças tanto a nível de política, como de pessoas, afinal de contas é a vontade de um povo que o impõe.
Sendo indiscutível que existem pessoas mais capazes, com melhores/novas ideias para desempenhar o cargo, com uma nova visão, ou mesmo que tenham uma relação de confiança maior com quem está no Governo é natural que estas venham a substituir as que estavam anteriormente, em alguns casos até é de louvar!
Porém tudo quanto é levado ao extremo é demais... a não renovação de mandatos de pessoas competentes e que tenham dado provas das suas capacidades no cargos que ocupam é algo que me provoca alguma estranheza. Quando esses casos surgem apenas posso pensar no ditado popular: "uma mão lava a outra".
Nos últimos tempos o actual Governo tem tido a oportunidade de renovar, ou não, algumas pessoas que se encontram em final de mandato. Se por vezes optou por renovar (casos não muito mediáticos), outras houve em que procedeu à sua substituição... a dúvida fica... será que a próxima pessoa é suficientemente competente, ou haveria mãos que tenham ficado por lavar?

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Sunday, August 19, 2007

Greve de Handling

Esta semana ficou marcada, entre outros, assuntos pela medição de forças entre o Sindicato dos Técnicos de Handling e a Groundforce (empresa de assistência em terra).

Sem querer entrar no campo se o sindicato teve ou não razão para prosseguir com a greve, contesto apenas uma expressão infeliz usada pelo sindicato como forma de afirmar o sucesso da greve.

Penso que é lamentável alguém gabar-se do sucesso de um evento que organizou usando como termo de comparação o número de voos que tiveram de ser adiados.

Independentemente se têm ou não razão nas suas reivindicações existem pessoas que nada têm a ver com estas e que no entanto viram-se prejudicadas por atrasos ou eventuais adiamentos... estar a usar o seu infortúnio como forma de glorificar uma greve não parece digno de quem defende os direitos de outros.

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Sobre o trabalho em Portugal

Recentemente saiu uma estatística do INE a dizer que os custos por trabalhadores, no segundo trimestre, cresceram mais do que a média comunitária.

Este crescimento verificado prende-se com dois factores:

(i) a subida dos salários;

(ii) diminuição do número de horas trabalhadas.

Á primeira vista o resultado parece mau, uma vez que as pessoas estão a ser mais bem pagas, porém a trabalhar menos... porém depois surge a questão: mas afinal o que interessa são as horas trabalhadas ou o que efectivamente se produziu?

Efectivamente no final do dia o que conta será não o tempo dispendido, mas quanto é que se produziu e a qualidade dessa produção.

Observando os números enunciados pelo economista Miguel Frasquilho num artigo ao Jornal de Negócios e pela Swivel, verificamos que embora trabalhemos, em média, um pouco mais do que os suecos, em média, produzimos muito menos que eles...

Infelizmente é triste verificar que em termos médios estamos a ganhar cada vez mais para trabalhar menos, e produzir cada vez menos.

Deixo no ar algumas perguntas:

(i) De onde está a vir o dinheiro para pagar esta insustentabilidade?

(ii) De onde virá o dinheiro se quisermos continuar com a actual situação?

(iii) Se o dinheiro não vier e a situação não se inverter, para onde iremos nós?

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Wednesday, August 15, 2007

Mãos Limpas

E se nos hospitais os médicos nos transmitissem bactérias ao mesmo tempo que nos estão a tratar?
Se por um lado isto parece incoerente, a verdade é que alguns médicos parecem esquecer-se de tomar os cuidados mínimos antes de tratarem do próximo paciente. Apesar de se estar num hospital, este não é livre de bactérias e como tal podemos estar sujeitos a ser infectados sem darmos por isso.
Um simples procedimento, porém negligenciado, é a constante desinfecção das mãos por parte dos médicos. Este foi um tema em que incidiu uma campanha protagonizada pelo Ministério da Saúde e testada no Hospital de S. João (HSJ), no Porto.
A julgar pelo resultado parece que foi um êxito, uma vez que as infecções hospitalares no HSJ reduziram de 19% para 12,5% em apenas um ano. Claro que outros factores podem ter contribuído para esta diminuição... contudo quando verificamos que este esquecimento é um fenómeno global e quando se procede a campanhas semelhantes em outras unidades hospitalares os níveis de infecção tendem diminuir, apenas podemos concluir que o resultado conseguido se deveu fundamentalmente à medida desinfecção das mãos.
É curioso como simples procedimentos conseguem evitar situações complicadas e melhorar o serviço que se presta aos utentes. Pergunto-me que outros cuidados estão a ser esquecidos e que poderiam melhorar a saúde dos pacientes nos hospitais...

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Saturday, August 11, 2007

A saúde pela hora da morte?

Com o actual estado do serviço público da Saúde em Portugal era de esperar que o ministro viesse anunciar a contratação de mais médicos (a julgar pela tradição da política portuguesa parece que é solução comum, quando algo se encontra errado, atirar dinheiro para os problemas) e não a dispensa, peço desculpa, a não renovação de contratos com alguns enfermeiros ou médicos.
Apesar de achar inovador e apoiar este conceito de não atirar dinheiro para os problemas para estes se resolverem, gostaria de saber como é que se pensa reduzir as listas de filas de espera a que a população se encontra sujeita sempre que vai marcar uma operação ou uma consulta no longo prazo.
Quando algo se encontra com um excesso de procura, ou se aumenta a oferta (número de médicos) ou aumenta-se a eficiência do sistema (recurso a privados ou acabar com a causa da ineficiência) ou ainda os preços (decisão pouco inteligente).
Curiosamente não se está a aumentar a oferta, mas antes a recorrer progressivamente ao serviço privado de saúde. Apesar de ser uma excelente maneira de contornar o problema, recorrer a alguém para fazer o que nós pretendemos fazer, pode-se verificar que dentro de algum tempo se venha pagar caro por essa opção.
Penso que em vez de se adoptar por esse facilitismo seria melhor o Estado resolver os seus problemas e causas de inefciência, melhorando-se a si próprio e aos seus serviços. Esta via garantiria que no futuro não estivesse dependente de terceiros para prestar aos seus contribuintes os serviços a que se propõe.
Creio que esta transferência de competências, embora inteligente a curto prazo, deverá ser substituida, a longo prazo, por uma maior eficiência do funcionamento dos serviços prestados.
Espero que esta retirada estratégica não se venha a revelar como um acto de rendição, caso contrário o problema é grave...

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Sunday, August 05, 2007

A obesidade em Portugal

É cada vez mais notório que a população portuguesa está obesa... é fácil meter o dente num chocolate, gelado ou outras bombas calóricas, mas já é mais difícil meter os pés ao trabalho e ir fazer uma corridinha ou gastar as calorias que se ganhou.

Actualmente 20% da população portuguesa é obesa, e isto é particularmente grave devido às doenças que costumam aparecer associadas a um peso superior, nomeadamente as relacionadas com o coração (uma das principais causas de morte em Portugal).

Fico escandalizado quando vejo pais negligentes a darem cada vez mais calorias em bruto aos seus filhos que já ostentam uma barriga que teima espreitar por fora da T-Shirt. Penso que os pais deveriam incutir hábitos mais saudáveis nos seus filhos, afinal de contas na prevenção conseguem-se melhores resultados.

Antes ter uma barriga era sinónimo que uma pessoa estava bem na vida, porém hoje é sinónimo de que tem de ter mais atenção à sua saúde.

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