Measure twice, cut once

Foi aprovado, no dia 27 de Março de 2007, na câmara de representantes dos Estados Unidos da América a retirada das tropas norte-americanas do Iraque até 31 de Agosto de 2008.

Apesar de reconhecer que a situação iraquiana se torna cada vez mais complicada, receio que fugir é uma solução que se afigura para todos os problemas… na verdade a mais fácil, mas não a mais correcta.

Penso que Bush está correcto se, como diz que fará, vetar esta decisão, mas temo que será uma causa perdida, porque já passou muito tempo e resultados teimam em não aparecem.

Interpreto este gesto como um sinal de que os Estados Unidos já deram por perdida a questão iraquiana, assim como inevitavelmente irão retirar as tropas antes que se consiga estabelecer a ordem necessária no país.

Um chavão é que a história repete-se, e a verdade é que tal está prestes a acontecer… novamente com os Estado Unidos e novamente no continente asiático, anteriormente no Vietnam, agora, excepto se algo de muito extraordinário inverter os acontecimentos, certamente no Iraque.

Recentemente vi a referência a um livro de carpintaria cujo título contém uma lição que se aplicada bastante bem a este caso: measure twice, cut once. Será que no futuro vão aplicar este conselho?

Erros destes realmente pagam-se, como? Então pergunto: qual a credibilidade que resta para resolver a questão iraniana?

Relevância das Habilitações

Actualmente o actual primeiro-ministro Português, José Sócrates, tem sido alvo de aprofundadas investigações dos jornalistas para se averiguar se o curso dele é ou não válido.

Concordo que, a bem da verdade, seja importante averiguar esse facto, mas sinceramente considero é apenas uma questão secundária... Como cidadão e como votante considero que é mais relevante discutir as capacidades e decisões dos nossos governantes do que saber quais as suas habilitações literárias.

Interessa-me muito mais saber o que está a ser decido pelo nosso Governo e quais as bases que sustentam essas decisões (por forma a conseguir julgar se as decisões foram bem ou mal tomadas), do que se os exames escritos há não sei quantos anos atrás têm ou não validade.

Claro que se pode argumentar que é interessante investigar para saber se o carácter do nosso primeiro-ministro, ele mentiu ou não em relação ao curso? Mas não entendo como é que se dá mais destaque a isso do à sua actuação…

Pergunto: será mais importante para Portugal saber se José Sócrates é ou não engenheiro ou saber porque razão se gastou mais dinheiro(em 2006) dos nossos impostos do que o inicialmente previsto?